1Stingless bees process honey and pollen in cerumen pots, 2013 Vit P & Roubik DW, editors 16. Proposta de regulamento técnico de qualidade físico-química do mel floral processado  produzido por abelhas do gênero Melipona CARVALHO Carlos Alfredo Lopes de1*, ALVES Rogério Marcos de Oliveira2, SOUZA Bruno de Almeida3, VÉRAS Solange de Oliveira4, ALVES Eloi Machado1, SODRÉ Geni da Silva1 1Grupo de Pesquisa Insecta, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, 44380-000, Cruz das Almas, Bahia, Brasil. 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - BA, Salvador, Bahia, Brasil. 3Embrapa Meio-Norte, Teresina, Piauí, Brasil. 4Agência de Defesa Agropecuária do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil * Autor para correspondência: Carlos Alfredo Lopes de Carvalho, Email calfredo.carvalho@gmail.com Recebido: Fevereiro, 2013 - Aceito: Maio, 2013 Resumo A criação de abelhas sem ferrão (meliponicultura) já alcançou o status de atividade com potencial econômico, constituindo-se em fonte de renda complementar ou mesmo principal para muitas famílias, sendo o mel produzido por essas abelhas o principal produto explorado. Apesar desta importância, ainda há a necessidade de se estabelecer normativas que permitam a identificação das características originais dos seus produtos que são distintas em relação ao mel já normatizado produzido pelas abelhas Apis mellifera, assim como de produtos adulterados ou falsificados presentes no mercado. Neste trabalho é apresentada uma proposta de regulamentação para mel processado (refrigerado ou desumidificado) produzido por abelhas do gênero Melipona no Estado da Bahia, Brasil. Esta proposta preliminar visa contribuir para a elaboração de uma legislação que permita o desenvolvimento da meliponicultura, e que atenda os requisitos de qualidade e de segurança para o consumido final. Palavras-Chave: Bahia, Brasil, controle de qualidade, Meliponíneos, produtos das abelhas Introdução A meliponicultura no Brasil cresceu exponencialmente comportamento, distribuição das espécies e recursos nesses últimos 20 anos, ampliando as possibilidades de florais explorados; 3. O desenvolvimento, adaptação e exploração dos produtos da colônia. Esse crescimento implementação de técnicas de manejo alimentar, de está associado a diversos fatores, podendo-se destacar: instalação e de controle de inimigos naturais; e 4. A 1. A adequação de modelos de caixas padronizadas ampliação dos estudos voltados para a produção, mais adaptadas à biologia das espécies, permitindo caracterização, uso, beneficiamento e conservação dos maior sucesso na manutenção e multiplicação das produtos da colônia, como a própolis e a geoprópolis, colônias; 2. A ampliação do conhecimento da biologia, pólen armazenado (samburá) e o mel. 2 Regulamento de qualidade fisico-química dos meis florais de Melipona Carvalho et al. Apesar do crescimento e da importância da Brasil, Villas-Bôas e Malaspina (2005), também meliponicultura, ainda existem sérios entraves na apresentaram uma sugestão de faixa de variação dos atividade que não foram solucionados nesses 20 anos. principais parâmetros físico-químicos para o mel das Um deles está relacionado à grande diversidade de abelhas sem ferrão e A. mellifera. Adicionalmente, espécies, que naturalmente continua gerando outras variações obtidas por diversos autores quanto necessidade de pesquisa e tecnologia para a criação. ao perfil físico-químico de amostras de mel Outro fator importante é a questão do entendimento da produzidas por Melipona e outros gêneros de abelhas legislação que normatiza a criação das abelhas sem sem ferrão são apresentados por Souza et al. (2006) ferrão, uma vez que se trata de animal da fauna (Tabela 1). silvestre. E, por último, a questão da qualidade dos Levantamentos recentes realizados no Brasil, em produtos com vistas ao consumidor final. especial na região Nordeste, revelaram que as Neste último caso, uma série de pesquisadores vem espécies de abelhas sem ferrão com maior número de analisando os produtos das abelhas sem ferrão amostras de mel analisadas são as pertencentes ao (meliponíneos) no Brasil, como o pólen armazenado gênero Melipona, notadamente as espécies M. (Ferreira, 2013), a geoprópolis (Souza et al., 2011), a scutellaris, M. quadrifasciata anthidioides e M. própolis (Sawaya et al., 2007) e o mel (Almeida- mandacaia. Somente no Estado da Bahia, foram Anacleto et al., 2009; Souza et al., 2009a; Alves et al., computadas mais de 1.000 amostras analisadas de 2012). mel, pertencentes a diversos gêneros, subsidiando A diversidade de espécies com potencial de produção, diversos trabalhos acadêmicos (Sodré, 2005; Santos, suas especificidades comportamentais e preferências 2010; Moura, 2011; Oliveira, 2011; Vieira, 2011; proporcionam características distintas aos produtos das Clarton, 2012; Oliveira, 2012; e Véras, 2012), a partir abelhas sem ferrão em relação aos produtos da espécie de pesquisa financiada pelas agências brasileiras, exótica Apis mellifera. Essas particularidades dos como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal produtos meliponícolas, especialmente do mel, tem de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de motivado diversos estudos para a sua caracterização Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e físico-química e microbiológica (Evangelista-Rodrigues Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia et al., 2005; Souza et al., 2006; Dardón e Enríquez, 2008; (FAPESB). Parte desses resultados foram publicados Vit et al., 2009; Oliveira, 2012; Lage et al., 2012), além por Alves et al. (2005, 2009 e 2012), Carvalho et al. de adequação de métodos de colheita, beneficiamento e (2001, 2005, 2006 e 2009); Fonseca et al. (2006); armazenamento (Carvalho et al., 2009; Villas-Bôas, Rodrigues et al. (1998); Santana et al. (2011); Sodré 2012). et al. (2008 e 2009); Souza et al. (2004, 2009a e Como a legislação brasileira que regulamenta os 2009c). São essas informações que tem subsidiado a requisitos de qualidade para o produto mel é baseada proposição de normas para controle de qualidade de no mel de A. mellifera, a maioria das amostras de mel mel de meliponíneos para esse Estado brasileiro. de meliponíneos analisadas não se enquadra nesta legislação, especialmente devido ao parâmetro 16.2 Biodiversidade de méis de pote Neotropicais umidade. Além disso, são poucos os estudos que Existem 33 gêneros de abelhas sem ferrão analisaram muitos méis de uma mesma espécie de (Camargo 2008, 2013), dentre os quais Melipona é o abelha sem ferrão. Neste contexto, propõe-se um mais importante pelo número de espécies e pela regulamento técnico para o mel de Melipona, em quantidade de mel produzido, além deTetragonisca função da quantidade de amostras já analisadas para pela sua ampla distribuição, desde o México até a este gênero no Estado na Bahia, Brasil, de forma a Argentina (Cortopassi-Laurino et al., 2006). Espécies oficiais e proporcionar segurança alimentar ao de outros gêneros como Scaptotrigona têm sido consumidor final nortear os meliponicultores para as criadas na meliponicultura mexicana na Sierra Norte boas práticas de produção, subsidiar a ação dos de Puebla e na Paria Grande, amazônia venezuelana órgãos de fiscalização boas práticas de produção, (P Vit comunicação pessoal). Espécies desse gênero subsidiar a ação dos órgãos de fiscalização. também são criadas no Brasil nos Estados do Pará e Maranhão, tanto para a exploração de mel quanto de 16.1 Padrão para mel de meliponíneos própolis (Venturieri, 2008; Rego e Albuquerque, 2009). Objetivando definir um padrão para esse mel, Vit Diante dessa diversidade, amostras de mel foram et al. (2004) sugeriram separar as méis de pote em analisadas por Véras (2012), com o objetivo de grupos de gêneros de abelhas sem ferrão. Procurando buscar um padrão de identidade para diferenciar mel ajustar essa proposta às espécies de meliponíneos do de A. mellifera e meliponíneos no Estado da Bahia, Brasil 3 Regulamento de qualidade fisico-química dos meis florais de Melipona Carvalho et al. T abela 1. Características de umidade, açucares redutores, Sacarose aparente, sais minerais, acidez, atividade diastasica e h idroximetilfurfural, sólidos insolúveis utilizadas para controle de qu alidade de méis de abelhas Apis mellifera (A = Brasil, 2000), valores limites propostos para controle de qualidade de mel de Melipo na (B = Vit et al., 2004), meliponineos do Brasil (C = Villas- B ôas e Malaspina, 2005) e valor médio da variação encontrada para M elipona spp. em nível mundial (D = Souza et al., 2006). Parâmetros físico-químicos A B C D Umidade (g/100g de mel) Máximo de 20 Máximo de 30 Máximo de 35 27,2 Açúcares Redutores (g/100g de mel) Mínimo de 65 Máximo de 50 Máximo de 50 69,1 Sacarose aparente (g/100g de mel) Máxim o de 6 Máximo de 6 Máximo de 6 2,2 Sais minerais (g/100g de mel) Máximo de 0,6 Máximo de 0,5 Máximo de 0,6 0,2 Acidez (miliequivalente/kg de mel) Máxima de 50 Máxima de 85 Máxima de 70 41,8 Atividade diastásica (escala de Göthe) Máxima de 8 Máxima de 3 Máxima de 3 3,1 Hidroximetilfurfural (mg/kg de mel) Máximo de 60 Máximo de 40 Máximo de 40 16,0 Sólidos insolúveis (g/100g de mel) Máximo de 0,1 - Máximo de 0,4 - Foram estudados três grupos de mel: 1. A. mellifera, 2. M. também tem sido objeto de pesquisa (Souza et al., 2009b; scutellaris e 3. Tetragonisca angustula (Tabela 2). De Clarton, 2012). Neste contexto e baseando-se nos acordo com esta autora, os percentuais de umidade e os resultados obtidos pelo Grupo de Pesquisa Insecta da valores de hidroximetilfurfural (HMF), podem separar as Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) amostras de mel de A. mellifera das amostras de mel nesses últimos anos e na literatura (Rodrigues et al., refrigerada de M. scutellaris e de T. angustula. Por outro 1998; Souza et al., 2004; Alves et al., 2005; lado, os valores da atividade diastásica separam as Evangelista-Rodrigues et al., 2005; Souza et al., 2006; amostras de mel de M. scutellaris das amostras de A. Vit et al., 2009; Almeida-Muradian et al., 2007; Souza mellifera e T. angustula. A autora ainda recomenda o et al., 2008; Almeida-Anacleto et al., 2009; Carvalho uso, no mínimo, desses três parâmetros em et al., 2009; Souza et al., 2009a; Alves et al., 2012; procedimentos de diferenciação entre méis de A. Lage et al., 2012, Silva et al., 2012), um regulamento mellifera, Melipona spp. e outros gêneros de abelhas técnico de identidade físico-química e de qualidade do sem ferrão. Adicionalmente a esses estudos de mel de abelha sem ferrão para o gênero Melipona é caracterização físico-química, a qualidade microbiológica proposto para o Estado da Bahia, Brasil. Tabela 2. Número de amostras, valores de posição (0-100% ), média, desvio padrão e coeficiente de variação (CV) para as variáveis umidade, hidroximetilfural (HMF) e atividade diastásica (AD) de mel de Apis mellifera (Am), Tetragonisca angustula (Ta) e Melipona scutellaris (Ms ), do Estado da Bahia, Brasil. (Veras, 2012). Variáveis/Espécie Estatística Umidade (g/100g) HMF (mg/kg ) AD (escala de Göthe) Am Ta Ms A m Ta Ms Am Ta Ms N 43 17 48 3 4 16 50 35 14 46 Mínimo 0% 17,00 25,95 25,00 3, 29 0,30 0,00 5,66 7,89 0,06 1% 17,00 25,95 25,00 3, 29 0,30 0,00 5,66 7,89 0,06 5% 17,55 25,95 25,45 3, 97 0,30 0,00 5,77 7,89 0,07 10% 17,70 25,95 26,35 4, 19 0,52 0,08 6,66 9,09 0,15 Quartil 1 25% 17,95 26,75 28,13 5, 99 0,52 0,12 10,00 9,37 0,25 Mediana 50% 18,95 27,10 28,70 11 ,94 0,79 0,30 15,80 17,15 0,85 Quartil 3 75% 19,70 27,35 30,40 20 ,06 1,50 1,20 25,00 18,75 1,74 90% 20,40 27,70 30,50 26 ,95 1,95 2,84 27,27 20,00 2,91 95% 20,75 27,70 30,50 39 ,15 2,02 4,27 27,27 20,00 3,60 99% 21,25 27,70 30,50 43,41 2,02 5,84 28,21 20,00 4,75 Máximo 100% 21,25 27,70 30,50 43 ,41 2,02 5,84 28,21 20,00 4,75 Média 18,91 27,04 28,84 14 ,78 0,99 0,93 17,20 15,13 1,21 Desvio padrão 1,10 0,49 1,53 10 ,55 0,57 1,32 7,75 4,70 1,15 CV 5,80 1,82 5,29 71 ,44 57,49 141,27 45,06 31,09 95,12 Valores de posição 4 Regulamento de qualidade fisico-química dos meis florais de Melipona Carvalho et al. As espécies deste gênero compõe o principal grupo 2.2. Classificação de espécies produtoras de mel no Estado da Bahia 2.2.1. Por sua origem (Carvalho et al., 2003, 2005; Alves et al., 2005; Souza et al., 2009b). Portanto, esta proposta visa contribuir 2.2.1.1. Mel floral das espécies de abelha sem ferrão do para a elaboração de uma legislação que atenda aos gênero Melipona: é o produto obtido a partir do néctar requisitos de qualidade do mel de abelhas sem ferrão presente nas flores. e de segurança para o consumidor final, especialmente neste Estado da federação. • Mel unifloral ou monofloral: quando o produto É esperado que, com o aumento no número de procede, principalmente, da origem de flores de uma mesma amostras analisadas alguns dos valores de referência espécie e possua características sensoriais, físico-químicas e sejam ajustados de forma a melhor se adequar à microscópicas próprias. diversidade de espécies do gênero e de biomas onde • Mel multifloral ou polifloral: é o obtido a partir de ocorrem, uma vez que estudos com outras espécies diferentes origens florais. em outras regiões tem revelado uma faixa maior de variação, especialmente para HMF (Vit et al., 1998). 2.2.2 Segundo o procedimento de obtenção e conservação Cabe destacar ainda a importância do uso de manejo do mel das espécies de abelhas sem ferrão do gênero adequado das colônias e a implantação das boas Melipona práticas de fabricação (BPF), desde a instalação do meliponário, até os processos de colheita, 2.2.2.1 Mel succionado(1) e desumidificado: é o mel obtido beneficiamento e armazenamento do mel. A ausência por sucção direta, com auxilio de instrumentos apropriados, deste manejo adequado pode promover alterações no nos potes desoperculados das caixas ou melgueiras e mel, comprometendo as amostras na sua origem e posteriormente desumidificado. prejudicando as informações laboratoriais obtidas. 2.2.2.2 Mel succionado(1) e refrigerado: é o mel obtido por sucção direta, com auxilio de instrumentos apropriados, nos 16.3 Proposta de regulamento técnico de qualidade potes desoperculados e posteriormente refrigerado a 8°C. do mel processado (refrigerado ou desumidificado) de abelhas do gênero Melipona (1) Somente será aceita para fins deste regulamento o produto obtido por meio de sucção, por ser esse método o que Adaptado de Brasil (2000, 2001) e AOAC (1990). garante melhor qualidade ao produto em sua origem, minimizando a possibilidade de contaminação por 1. Alcance manipulação inadequada. 1.1 Objetivo: Estabelecer a identidade físico-química e os 2.2.3 Segundo sua apresentação requisitos mínimos de qualidade que deve cumprir o mel floral das espécies de abelha sem ferrão do gênero Melipona 2.2.3.1 Mel: é o produto em estado líquido, cristalizado ou submetidos ao processo de conservação por desumidificação parcialmente cristalizado ou refrigeração e destinado ao consumo humano direto. Este Regulamento não se aplica para mel de abelha sem ferrão 2.2.3.1.1 Mel filtrado: é o mel que foi submetido a um industrial e utilizado como ingrediente em outros alimentos. processo de filtração, sem alterar o seu valor nutritivo. 1.2 Âmbito de Aplicação: o presente Regulamento Técnico 2.2.3.1.2 Mel cremoso: é o mel que tem uma estrutura se aplicará em todo o Estado da Bahia. cristalina fina e que pode ter sido submetido a um processo físico, que lhe confira essa estrutura e que o torne fácil de 2. Descrição untar. 2.1 Definição: 2.2.3.1.3 Mel cristalizado ou granulado: é o mel que sofreu Entende-se por mel floral das espécies de abelha sem ferrão um processo natural de solidificação, como consequência da do gênero Melipona o produto alimentício produzido por cristalização. estas abelhas, a partir do néctar das flores, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias 2.3 Designação (denominação de venda) específicas próprias, armazenam e deixam maturar nos potes dentro das colônias. 2.3.1 Todos os produtos citados no item 2.2. devem apresentar a identificação taxonômica da espécie de abelha 5 Regulamento de qualidade fisico-química dos meis florais de Melipona Carvalho et al. sem ferrão que o produziu, assim como a indicação referente aos subitens 2.2.1, 2.2.2 e 2.2.3, ou seja, se é unifloral / monofloral ou multifloral / polifloral (2.2.1), qual o procedimento de obtenção e conservação (2.2.2) e qual é a sua apresentação (2.2.3) 2.3.1.1 Se unifloral deve ser indicado o nome científico da espécie de planta 2.3.2 O produto definido no item 2.2.1.1 se designará Mel de “nome vulgar da abelha sem ferrão”, agregando-se a sua identificação taxonômica, em caracteres não maiores do que o da denominação Mel de “nome vulgar da abelha sem ferrão”. 3. Composição, processamento e requisitos do mel das espécies de abelhas sem ferrão do gênero Melipona 3.1 Composição: O mel das espécies de abelha sem ferrão do gênero Melipona é uma solução concentrada de açúcares com predominância de glicose e frutose. Contém ainda uma mistura complexa de outros carboidratos, enzimas, Fonseca et al. (2006) aminoácidos, ácidos orgânicos, minerais, substâncias Figura 1. Processamento de mel em pote aromáticas, pigmentos e grãos de pólen, podendo conter cerume procedente do processo de extração por sucção. 3.3.1.3 Consistência: variável de acordo com o estado físico em que o mel se apresenta, conforme o item 2.2.3.1. 3.1.1 O produto definido neste regulamento não poderá ser adicionado de mel de Apis mellifera, açúcares ou outras 3.3.2 Características físico-químicas substâncias que alterem a sua composição original. 3.3.2.1 Maturidade (potes operculados) 3.2 Processamento: O processo de coleta, beneficiamento, armazenamento e comercialização do mel floral produzido a) Açúcares redutores (calculados como açúcar invertido) por espécies do gênero Melipona, bem como o ambiente Mel floral de espécies de abelha social sem ferrão do gênero destinado a esse processamento deve estar de acordo com a Melipona: mínimo 60g/100g Portaria n. 368 de 04 de setembro de 1997 do MAPA sobre as condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de b) Umidade (mel desumidificado): máximo 19g/100g Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/ Umidade (mel refrigerado): entre 20 y 30 g/100g Industrializadores de Alimentos. No fluxo de processamento proposto (Figura 1), em c) Sacarose aparente: função da elevada umidade naturalmente presente no produto, é recomendada a realização da desumidificação do Mel floral de espécies de abelha sem ferrão do gênero produto. Na impossibilidade de ser realizada de imediato Melipona: máximo 6g/100g essa desumidificação, o produto deverá ser mantido refrigerado. 3.3.2.2 Pureza: 3.3 Requisitos do mel a) Sólidos insolúveis em água: máximo 0,1g/100g 3.3.1 Características sensoriais b) Minerais (cinzas): máximo 0,6g/100g. 3.3.1.1 Cor: é variável de quase incolor a pardo-escura 3.3.1.2 Sabor e aroma: deve ter sabor e aroma característicos c) Pólen: o mel deve geralmente apresentar grãos de de acordo com a sua origem definido no item 2.2.1 e a pólen, indicadores de plantas nectaríferas espécie de abelha sem ferrão do gênero Melipona. 3.3.2.3. Deterioração 6 Regulamento de qualidade fisico-química dos meis florais de Melipona Carvalho et al. a) Acidez: máxima de 50 milequivalentes/quilograma Aplica-se a legislação vigente. b) Atividade diastásica: máximo 3 na escala de Göthe (2) 10. Rotulagem c) Hidroximetilfurfural: máximo de 10 mg/kg Aplica-se a legislação vigente. (2) Para Atividade Diastásica (AD), o valor limite foi definido 10.1. O produto se denominará Mel de “nome vulgar da como máximo, considerando que para o gênero Melipona a abelha sem ferrão”, conforme o item 2.3. atividade dessa enzima apresenta valores reduzidos. Com essa proposição, a quantificação de AD está sendo utilizada 10.2. O Mel floral, conforme especificado no item 2.2.1.1., como marcador de origem entomológica do produto, de poderá se designar Mel Flores de ________________, forma a separar o mel de Melipona do mel produzido por preenchendo-se o espaço existente com a denominação da outros gêneros de abelhas sem ferrão e por Apis mellifera. florada predominante com comprovação por analise melissopalinologica. 4. Acondicionamento 10.3. No rótulo do produto deverá ser informada a O mel desumidificado ou refrigerado de abelha sem ferrão identificação taxonômica da espécie de abelha sem ferrão pode apresentar-se a granel ou fracionado, acondicionado em conforme item 2.3.1. embalagem apropriada para alimento, adequada para as condições previstas de armazenamento e que confira uma 11. Métodos de análises proteção adequada contra a contaminação. Os parâmetros correspondentes às características físico- químicas do produto são determinados conforme indicado a 5. Aditivos seguir: É expressamente proibida a utilização de qualquer tipo de Determinação Referência aditivos. Açúcares redutores CAC 1990 Umidade AOAC 1998 6. Contaminantes Sacarose aparente CAC 1990 Sólidos insolúveis em água CAC 1990 Minerais CAC 1990 Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar Acidez AOAC 1998 presentes em quantidades superiores aos limites Atividade diastásica CAC 1990 estabelecidos conforme legislação vigente. Hidroximetilfurfural (HMF) AOAC 1998 7. Critérios microbiológicos 12. Amostragem O produto deverá atender aos requisitos da RDC 012 da Segue-se os procedimentos recomendados pela: Comissão ANVISA e suas atualizações. do Codex Alimentrius, FAO/OMS, Manual de Procedimento, décima edição. Deverá diferenciar-se entre 8. Higiene produto a granel e produto fracionado (embalagem destinada ao consumidor). 8.1 Considerações Gerais 12.1 Colheita de amostras de mel As práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de acordo com a Portaria n. 368, citada no item 3.2. 12.1.1 Material necessário: 8.2 Critérios Macroscópicos e Microscópicos a) Frascos para amostras: frascos de 35 a 40 mL de capacidade, fixados por meio de uma braçadeira e uma O mel não deve conter substâncias estranhas, de qualquer vareta de comprimento suficiente para chegar ao fundo do natureza, tais como pedaços de cera, insetos, larvas, grãos de recipiente em que está contida a amostra de mel. O frasco areia e outros. tem uma tampa móvel unida a um cordão. É introduzido fechado a várias profundidades dentro da embalagem, de 9. Pesos e Medidas onde se tira a tampa para enchê-lo. 7 Regulamento de qualidade fisico-química dos meis florais de Melipona Carvalho et al. b) Pipetas para amostras: tubos de 5 cm de diâmetro por um Produtividade em Pesquisa à CALC; e aos meliponicultores metro de comprimento. Afinadas em suas extremidades a pelos constantes ensinamentos e cumplicidades no estudo uns 15 mm de diâmetro. dessas abelhas. 12.1.2 Obtenção de amostras: Referências bibliográficas Almeida-Anacleto D, Souza, BA, Marchini LC, Moreti a) Mel cristalizado ou cremoso: realiza-se a extração da ACCC. 2009. Composição de amostras de mel de abelha Jataí (Tetragonisca angustula Latreille, 1811). Ciência e amostra com a ajuda de um trado ou espátula equivalente. Tecnologia de Alimentos 29: 535-541. Almeida-Muradian LB, Matsuda AH, Bastos DHM. 2007. b) Mel líquido que pode ser homogeneizado: homogeiniza- Physico-chemical parameters of Amazon Melipona se e logo toma-se a amostra com pipeta até extrair 250 mL . honey. Química Nova 30: 707-708. Alves EM, Fonseca AAO, Santos PC, Bitencourt RM, c) Mel líquido que não pode ser homogeneizado: com o Sodré GS, Carvalho CAL. 2012. Estabilidade físico- frasco para amostra se extrai 10 (dez) amostras de 25 mL química e sensorial de méis desumidificado de cada uma, de diferentes níveis e de distintas posições. Tetragonisca angustula. Magistra 24: 185-193. Alves RMO, Carvalho CAL, Souza BA, Sodré GS, 13. Referências Marchini LC. 2005. Características físico-químicas de amostras de mel de M. mandacaia Smith (Hymenoptera: Apidae). Ciência e Tecnologia de Alimentos 25: 644- ANVISA. Resolução RDC 012, de 02 de janeiro de 2001 - 650. Aprova o Regulamento Técnico sobre padrões Alves RMO, Nunes LA, Sodré, GS, Carvalho CAL. 2009. microbiológicos para alimentos. Qualidade microbiológica de méis de Melipona scutellaris Latreille, 1811 (Hymenoptera: Apidae) de Codex Alimentarius Commission, FAO/OMS - Norma diferentes municípios do Estado da Bahia. 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Criação de Os autores agradecem as contribuições dos revisores ad hoc abelhas sem ferrão: aspectos práticos. Cruz das Almas: e aos Editores pela oportunidade e interesse nos nossos Nova Civilização. 42 pp. trabalhos, especialmente a Patrícia Vit pelas valorosas Carvalho CAL, Moreti, ACCC, Marchini, LC, Alves RMO, contribuições; às agências brasileiras pelo suporte Oliveira PCF. 2001. Pollen spectrum of honey of "uruçu" financeiro as pesquisas com as abelhas da Tribo Meliponini (CAPES, CNPq e FAPESB); ao CNPq pela Bolsa de 8 Regulamento de qualidade fisico-química dos meis florais de Melipona Carvalho et al. bee (Melipona scutellaris Latreille, 1811). Revista Exatas e Tecnológicas, Universidade Federal do Brasileira de Biologia 61: 63-67. Recôncavo da Bahia; Cruz das Almas, Brasil. 12 pp. Carvalho CAL, Souza BA, Sodré GS, Marchini LC, Alves Oliveira DJ. 2011. Qualidade microbiológica de méis de RMO. 2005. 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Mensagem Doce 96. Disponível em: www.apacame.org.br/mensagemdoce/96/artigo.htm Editors' note: Experimental data of processed Melipona honey to support the control limits suggested in this proposal will be published elsewhere by the authors. Honeydew and extrafloral nectar may also be collected by Melipona bees. Revised pot- honey regulations will protect meliponicultors, marketing and consumers. ¿cómo citar este capítulo? Carvalho CAL, Alves RMO, Souza BA, Véras SO, Alves EM, Sodré GS. Menezes. 2013. Proposta de regulamento técnico de qualidade fisico-química do mel floral processado produzido por abelhas do gênero Melipona. pp. 1-9. En Vit P & Roubik DW, eds. Stingless bees process honey and pollen in cerumen pots. Facultad de Farmacia y Bioanálisis, Universidad de Los Andes; Mérida, Venezuela. http://www.saber.ula.ve/handle/123456789/35292